sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Volver a los 24...

Concordo que 24 anos está longe de ser uma idade avançada. Quando nasci, os computadores que ocupavam 180 m² não mais eram os únicos, e tínhamos, pasmem, até mesmo um monitor, inimaginável na época do Titan. No entanto, até hoje me recordo da felicidade que fiquei ao ver meu primeiro monitor colorido, contrabandeado do Canadá por professores cujos nomes não revelarei, ou de quando recebi meu 586 com HD imenso de 500 Mb. Bons tempos aqueles...

Os anos passaram...

E toda aquele meu maravilhamento infantil logo se rebelou contra o ícone da geração da qual faço parte: Bill Gates. Estou certo que a culpa não era dele, mas ninguém pensa nisso quando se confronta com os conflitos existenciais do Windows. Da mesma maneira, fui vítima daqueles CDs que prometiam 500 jogos, que na verdade eram 500 fragmentos de jogos de 5 minutos cada, que, em sua totalidade, garantiam aos usuários 2500 minutos de frustração profunda. Em pensar que ganhei aqueles malditos CDs durante vários natais. No final das contas, minhas três diversões no PC eram Compston Encyclopedia (NERD!), Full Throttle e Sim City (aquele primeiro, onde se deveria usar toda imaginação para imaginar aqueles quadrados como cidade, mas que mesmo assim era viciante).

Internet? Se hoje reclamamos de nossos irritantes 1 Mbps, nosso querido acostamento chamado de Banda Larga, tenho certeza que a maioria se lembra da conexão discada que nos obrigava a acordar cedo no domingo para conectar a internet de 56 Kbps.

Meu contato com o Oriente se fazia além das enciclopédias (mais uma vez podem gritar NERD!) e da falecida Rede Manchete. Os Metal Heroes, tais como Ninja Jiraya, Jiban e o gafanhoto Black Kamen Rider. Apesar de não entendermos muito bem o fetiche do povo de olhos puxados por monstros de borracha destruindo suas cidades, são poucos meninos nascidos depois de 80 que não tenham gritado Cólera do Dragão pelo menos uma vez.

E os anos passaram mais uma vez...

O meu ingresso no mundo dos incluídos digitais com a instalação da banda larga só iria efetivamente se concretizar com o lançamento do Kazaa e do Youtube. A medida que meu curso de Direito ficava mais próximo, mais próximo eu também estava de sair do armário Nerd. O sonho da diplomacia se substituiu pela obsessão por novas mídias, tecnologia e produção de conteúdo pelo usuário. Pq? Bem, o poder finalmente estava na mão do usuário médio. Um poder que cresce a medida que a banda realmente se alarga e os programas de edição de vídeo e imagem se tornam mais acessíveis.

E, quem diria, depois de tantos anos, estaria eu de volta de frente à tela. Os orientais estão invadindo (graças a D-us!), e até que eles não são tão antipáticos apesar de seus idiomas prosseguirem igualmente incompreensíveis. O Machinima é um ramo crescente da indústria audiovisual, apesar de ainda abaixo do radar das estatísticas oficiais, e o AMV (Anime Music Vídeo) merecem atenção especial de nerds, que como eu, podem ter se perdido em algum momento de suas vidas, mas que estão Back in the Neighborhood.

Mas sobre o que falaremos?

É clipe? É conosco! Se for oriental, melhor ainda! É Machinima? Bem vindo ao lar! AMV? Say Hello to Daddy Vader, Luke! No final, se tiver música e for nerd, é mais um trabalho para Máfia Digital da Digital Mob.

Acabou o assunto... E agora?

Como em toda boa conversa e relacionamento, se acabou o papo, que venha a festa. Como mestres de cerimônias de nosso site, em transmissão direta de Interestella 5555, Daft Punk com o clássico One More Time.





O Digital Mob é vinculado ao site Clipestesia, atualmente hospedado no Portal de Estudos de Mídia.

Um comentário:

Unknown disse...

Eu tb quero essa placa de "cuidado" para o meu blog de quadrinhos!
E o que significa esse símbolo com a mão? O visual fico muito bom!