sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Voltando sem Everquest e Counter Strike. Será?

Olá, queridos leitores,

Acabei de ler todos os emails e de esporros e comentários de morte por ter me ausentado sem justificativa do site. Ganhei uma viagem de última hora e tirei férias de última hora deste vício da internet rs

E para minha surpresa, quando chego, com grande surpresa leio as notícias. O Procon/GO proibiu a comercialização de Everquest e Counter Strike pelo Brasil. A justificativa é que estes jogos incitam a violência dos jogadores e escolhas morais degradantes...

O que tenho a falar sobre isso?

É que nestes momentos, tenho vergonha de ser advogado. Por dois simples motivos.

1. O Counter Strike é uma febre nas Lan Houses há bons anos, e nem por isso vi alguém tatuar o seu nick, pegar um rifle e sair pelas favelas matando Counter Terrorists . Sei que esta análise é difícil de ser executada por aqueles que nunca tiveram uma experiência real de jogo, como estes promotores, mas seria interessante que eles usassem seu tempo para movimentar os milhares de processos de verdade que estão por aí. Talvez seja por estes processos ajudarem somente àqueles que realmente precisam e não darem audiência. Mas é só talvez, ok? Não me processem hahaha

2. Se há um cenário de favela no CS ambientado no Brasil, talvez seja por termos esta violência presente em nosso cotidiano, e esta por si só bastaria a todos nós que estamos submetidos às ameaças de bala perdida a pegarmos em armas. Mas não é assim, é?

3. O dia que eu ver alguém comprar Counter Strike ou Ever quest em uma loja, baterei palmas e farei a Dança do Siri. Queridos juristas e legisladores: não há como se conter o mundo da informação confiscando mídias em prateleiras. Na verdade, não há como se conter o mundo da informaçao. Acordem, pois neste exato momento que posto a mensagem, mais de 1800 pessoas compartilham o arquivo destes jogos gratuitamente em apenas um dos vários compartilhadores de arquivos na internet e ao lado de minha casa um bando de menino de 15 anos estão se acabando no cenário de favela carioca de verdade. O que vcs acham mais urgente de ser resolvido?

4. A proibição do Ever quest foi por ele apresentar pesadas escolhas morais que permitam o usuário de tomar decisões incorretas do ponto de vista moral. Calma aí, mas até onde sei nossas vidas são feitas a partir de escolhas morais, que para muitos, podem ser consideradas imorais. Culpar um game por ele se aproximar da realidade vivida por todos nós? E pior, decidir o que é moralmente reprovável ou não? Quando estava na Faculdade de Direito da UFRJ, aprendi que Moral e Direito não se cruzam. Será que mudou algo desde que me formei?


De resto, só resta um conselho para nossos queridos governantes. Se quiserem ser eficazes no combate à violência, apóiem o acesso à informação plena a todos os cidadãos, dêem condições de escolhas iguais a todos, discutam não somente como serão arrecadados impostos, mas como serão usados para beneficiar a educação e outros instrumentos de inclusão social. Ou, pelo menos, tenham a decência de aprender alguma coisa sobre ciberespaço e práticas sociais na rede.
Este é um novo mundo e vcs, queridos amputados digitais que cismam em discutir o que não sabem, não são bem vindos. nele.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

The Machine is Us/ing us

Hoje, fugirei um pouco da Ìndia para destacar um vídeo que conseguiu, como poucos, me arrepiar e emocionar meu lado nerd.

Este vídeo foi produzido pelo professor Michael Wesch, da Kansas State University. Ele mantém um projeto excelente de Etnografia Digital, tema que muito me atrai. O link é http://mediatedcultures.net

Depois de Wittgenstein em 90 minutos, nada melhor que Web 2.0 em 5. Com a diferença que este vídeo vale a pena

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Corra! Os Indianos estão chegando!

Feliz ano novo, caro colega internauta!!!

Primeiro dia de 2008 e cá estou eu, nerdando na net me lembrando de todos meus queridos do outro lado da telinha, anseando desesperados por um novo post.

Então, lá vamos nós.

Hoje, damos início ao nosso especial sobre o país que mais produz musicais (e piores clipes) de todo mundo. Com seus 1,6 bilhão de habitantes, a Índia é nossa convidada especial em nosso especial de três semanas.

Para começarmos, o clipe que relançou a Índia no círculo seleto de clipes mais trash. Com vcs, nosso padrinho, o maior ícone indiano depois de Mahatma Gandhi e Madre Teresa de Calcutá. Em versão com legendas e sem legendas, o Michael Jackson made in Bombay, Nikhil Gangavane, em Thriller.